Edna Strauss. Arq Gastroenterol. 2018;55(4):321-3.
Globalmente, cerca de 80 milhões pessoas estão vivendo com o vírus da hepatite C (HCV). Em 2016, a Organização Mundial da saúde (OMS) adotou a estratégia do setor de saúde global sobre a hepatite viral para eliminar a hepatite até 2030. Este compromisso foi proposto em resposta à crescente prevalência de hepatite viral crônica em todo o mundo o ônus da doença inclui despesas médicas diretas para suas manifestações hepáticas e extra-hepáticas, bem como custos indiretos relacionados com o comprometimento qualidade de vida e perda de produtividade do trabalho. No Brasil, o sistema de saúde pública tem vindo a fornecer tratamento antiviral para hepatite C crônica por mais de uma década com interferon peguilado e ribavirina. Este tratamento agora desatualizado, além dos custos elevados, da baixa eficácia, e da duração prolongada, não poder ser administrado em diversas circunstâncias clínicas, tais como a cirrose avançada (criança B e C), em pacientes na lista de espera do transplante de fígado (MELD > 15), ou após qualquer tipo de transplante de órgãos.